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FLORESTAS QUE SALVAM FLORESTAS


Florestas que salvam florestas.


Há pelo menos 50 anos a melhor forma de obter celulose é com florestas plantadas para essa finalidade. Assim, evita-se que florestas nativas, como a Amazônica e os remanescentes de Mata Atlântica, sejam usadas para produzir papel e também móveis, lenha, carvão vegetal e chapas de madeira. Hoje, além de uma pequena quantidade feita de reciclagem, a maior parte da produção de papel e celulose vem de áreas reflorestadas.

Motivos para plantar as árvores que se pretende cortar não faltam. Além de manter florestas nativas em pé, também se evita toda a estrutura que precisa ser criada para que se retire um único tronco de dentro da mata. Estradas, por exemplo. Além de provocarem uma enorme devastação, elas abrem caminho para a ocupação humana e, com isso, mais destruição. Hoje, pode-se diminuir o impacto dessa extração usando, por exemplo, satélites para encontrar as árvores que interessam no meio da floresta. Mesmo assim o plantio se mostra ecologicamente mais correto porque, além de prevenir problemas, cobre com vegetação áreas degradadas. Em média, 1 hectare de plantação de eucalipto possui cerca de 1.500 árvores e estas produzem, aos 7 anos de idade, por volta de 200 m3 de madeira sem casca. Com 4 m3 de madeira de eucalipto é possível obter 1 tonelada de celulose. Para produzir 1 tonelada de papel é utilizada 0,92 tonelada de celulose, acrescida de produtos como amido, caulim, cola e tinta, que dão melhor acabamento ao produto final. O segmento de celulose e papel possui 1,47 milhão de hectares plantados, dos quais 980 mil correspondem a plantações de eucalipto. Outro ponto positivo é a velocidade do ciclo de vida dessas plantas. Enquanto o do eucalipto é de 7 a 10 anos, outras árvores usadas na Europa, por exemplo, para a fabricação de papel e celulose, têm um ciclo 10 vezes maior. Somente as vantagens ecológicas, no entanto, não foram suficientes para convencer os empresários do setor madeireiro, carvoeiro e de celulose e papel a tempo de evitar que tantos mognos amazônicos ou pinheiros da Sibéria tombassem. Foi preciso que a ciência provasse que florestas cultivadas também são viáveis economicamente e são capazes de produzir outro tipo de folhas verdes: dinheiro. O Estado com maior participação no país é Minas Gerais, com 1.678.700 hectares de áreas reflorestadas. Em seguida vem São Paulo, com 770 mil hectares, segundo inventário do Instituto Florestal desse Estado. Os avanços brasileiros na silvicultura (cultivo de florestas) são notáveis. Graças ao solo e clima favoráveis, a diferentes árvores e à inventividade dos pesquisadores -, que criaram diferentes métodos de cultivo e melhoraram geneticamente as espécies cultivada - a produtividade das florestas cultivadas no Brasil supera a média mundial.



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